A psicoterapeuta Esther Perel apresenta o conceito de intimidade artificial e a relação com a inteligência artificial.
Apenas humanos conseguem explorar a complexidade dos sentimentos e as tantas camadas existentes no outro. É no exercício do desejo, do atrito, da frustração e da intimidade real, e não artificial, que se constrói o amor, a redenção, o perdão e a compaixão.
Ao mesmo tempo que buscamos relacionamentos superficiais, fáceis, sem muitas demandas, a apatia nos adoece e deprime. Vivemos numa sociedade ansiosa, ressentida e sedenta por um olhar que nos reconheça na multidão.
Acompanhe abaixo a análise da psicoterapeuta Esther Perel sobre temas tão profundos como esses.
Esther Perel nasceu na Bélgica e se mudou para os Estados Unidos para graduar. Hoje é psicoterapeuta e estuda a complexidade das relações humanas. Com seu livro Mating in Captivity: Unlocking Erotic Intelligence foi reconhecida como a autora mais vendida pelo New York Times e elaborou o conceito de “inteligência erótica”.
“We all thinking about this questions together, thats the definition of dilemma”
O trabalho desenvolvido por Ester parte do princípio que os dilemas das relações humanas passam por análise, escolha e consequências. Para Esther, a discussão sobre a Inteligência Artificial (AI) atuar positivamente na resolução de dilemas é resultado de um esvaziamento das relações sociais reais.
“Intimacy avoidance is a direct result of the rise of artificial intimacy.”
Além de prejudicar a conexão profunda e real, a inteligência artificial cria o que Esther chama de intimidade artificial. Um estado em que humanos, mesmo fisicamente presentes, estão emocional e psicologicamente longe.
Essa ambiguidade tira sensações como vibração, vitalidade e espontaneidade, necessárias para uma intimidade real. Por isso, a inteligência artificial, com respostas binárias, não prevê as nuances dos dilemas sociais, nem consegue elaborar narrativas ou ideias que abracem tais questões.
A análise da Esther sobre o que ela chama de Intimidade Artificial foi provocadora e nos convida a repensarmos como estamos nos relacionando para mudarmos de vez este cenário.
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